O deputado estadual Capitão Alden continua a abraçar a causa da Polícia Civil e cobrando do governador Rui Costa melhorias nas condições de trabalho para os policiais, delegados, investigadores e escrivães. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), falta estrutura e valorização para os profissionais.
Em matéria divulgada pela TV Bahia, nesta quarta-feira (1º), foi mostrado que as delegacias de Salvador estão em situação precária de estrutura. Mofo, vazamento de água no teto, falta de equipamentos de ar-condicionado e abandono de materiais são comuns nos locais. O Sindpoc ainda denunciou a falta de efetivo tanto na capital quanto no interior.
“As imagens do descaso estão aí. É inacreditável que esses profissionais de Segurança Pública trabalhem em condições tão ruins e humilhantes como estas que vimos. Falta incentivo, falta investimento, falta tudo para a Polícia Civil, e o governador não busca nem ouvir a categoria que clama”, disse Capitão Alden.
De acordo com dados do Sindicato, além da falta de estrutura, outra dificuldade é o efetivo. Os números mostram uma carência de policiais, delegados, investigadores e escrivães em todo estado. Inclusive, segundo o Sindpoc, cerca de 100 cidades baianas não possuem investigadores exclusivos do município, o que compromete investigações e soluções de crimes.
O número de policiais atuando hoje é de 5.516, quando deveriam ser de 9.933; os delegados são 808, mas o ideal era que fosse 1.200; na profissão de Investigador o déficit é ainda maior: são 3.744, quando deveriam ser 6.640; os escrivães são 964, quando eram para estar atuando 1.293. Esses números deveriam ser obedecidos de acordo com a Lei 11.370/2009, que regulamenta a Polícia Civil na Bahia e que aponta a proporção de efetivo para cada localidade.
No dia 27 de outubro, o deputado estadual Capitão Alden marcou presença na Assembleia Presencial, em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde a principal pauta dos policiais foi o salário de nível superior. Na oportunidade, cerca de 300 pessoas estiveram presentes, entre investigadores, escrivães e peritos técnicos.
“O movimento foi legítimo e deve ser realizado quantas vezes for necessário até que o governador entenda o recado. Quando você analisa os números do Governo do Estado na Segurança Pública, é impensável imaginar que chegamos a este ponto. Nos últimos 14 anos, nós já tivemos na Bahia 80 mil assassinatos. Somente na gestão desse que se diz governador foram 52 mil assassinatos. Esses são números de guerra. São menos de 6 mil policiais para dar conta de 417 municípios para dar conta de toda essa terra”, disse o deputado na mobilização.
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