Fazendo menção ao Dia da Língua Portuguesa, que é celebrado nesta quinta-feira (5), o deputado estadual Capitão Alden (PL) relembrou um Projeto de Lei de sua autoria, protocolado sob o nº 24.020/2020 na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que veda expressamente às instituições de ensino e bancas examinadoras de seleções e concursos públicos a utilização de novas formas de flexão de gênero e de números das palavras d/a língua, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas.
Alden, que foi o primeiro parlamentar a propor tal projeto, enfatizou que o objetivo da proposição é justamente “impedir aventuras ideológicas, tênues e isoladas de determinados grupos que tentam atribuir força através de uma visão linguística que reconheça no português um terceiro gênero, o ‘neutro’”.
“Se hoje é um dia para celebrarmos a nossa língua, nada melhor do que protegê-la. Querem assassinar o português para atender grupos ideológicos que buscam desvalorizar não só a nossa cultura, mas também a família e princípios conservadores”, reiterou o deputado.
A linguagem neutra, para Alden, está “gerando condições inéditas de amplitude de opções, fazendo com que a comunidade de valores, sentimentos, ideias e hábitos perca eficácia, desfavorecendo assim a compreensão comum de fatos políticos, a comunhão de certos sentimentos sociais, a hierarquização dos valores segundo uma escala compartilhada por todos, enfim, prejudicando a capacidade de ação conjugada da sociedade e da cooperação social”.
A imposição de padrões linguísticos inexistentes, no entendimento do parlamentar, cria “precedentes para violar todo o arcabouço jurídico da educação, além de se revelar como uma visão distorcida da realidade, com único objetivo: promover a desordem ampla e generalizada nos conceitos linguísticos, além de assolar a língua, e por consequência se destrua a memória e a capacidade crítica das pessoas”.
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